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Superação

Todos temos dificuldades e limitações que se tornam maiores quando envelhecemos. O nosso corpo não responde da mesma forma, quando nos machucamos é mais difícil a melhora, nossa vista fica mais limitada, nossos músculos ficam mais enfraquecidos. Tudo no nosso corpo deixa de responder da maneira eficaz de anos atrás. As dores se tornam incapacitantes, limitantes, nos impedem de manter atividades diárias com a mesma frequência e destreza de outrora. Tudo isso dá a sensação de impotência; soma-se a isso a necessidade de adaptação a novas tendências e tecnologias. O que era para ser a melhor idade se transforma em “melhor idade”?

Temos que nos adaptar a essa situação, ou não? Será que não podemos enganar o nosso corpo para que ele se sinta mais apto a realizar atividades e aumentar o limite que foi sendo reduzido com o tempo? Será que temos que aceitar as mazelas como elas se apresentam sem que possamos revertê-las, ou ao menos minimizá-las? Como diminuir os efeitos da velhice, ou torná-los mais suportáveis?

Há muitos anos trabalho com reabilitação, melhorando a qualidade de vida de pessoas com limitações e incapacidades que impedem a realização de algumas atividades e um dos mais importantes aprendizados que tive durante todos esses anos é que tudo que envolve SUPERAÇÃO é muito estimulante e nos impulsiona a buscar novos caminhos e novos limites. Muitos são aqueles que deixam de realizar algumas atividades por terem sido acometidos por alguma doença limitante, como uma paciente que sofreu um AVC (o famoso derrame) e ficou com o lado direito do corpo com menor mobilidade e que, após algumas sessões foi capaz de sorrir novamente quando conseguiu segurar sua neta no colo, apesar de sua limitação, ou uma outra que deixou de andar, também por conta de um AVC, mas que voltou a se levantar e andar novamente, apenas com um pouco de estímulo que ajudou a aumentar sua confiança. Muito precisa ser feito para que os pacientes que sofrem de uma patologia limitante possam se adaptar a novas situações e que reaprendam a utilizar os membros, mas é possível. Imaginem um bebê com diagnóstico de Paralisia Cerebral (PC) que tinha dificuldade de se alimentar oralmente, mas depois de algumas sessões se livrou de uma sonda alimentar.

Sim, tudo pode ser superado, tudo pode ser adaptado e não precisamos aceitar as coisas como se apresentam. Temos a possibilidade de alterar determinadas situações e torná-las mais interessantes e, muitas vezes, não podemos fazer isso sozinhos. É necessário contar com ajuda de profissionais que são treinados e capacitados para auxiliar nesse processo.


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